Como os Satélites Ajudam do Combate às Queimadas no Brasil

Satélites estão na linha de frente do combate às queimadas no Brasil, monitorando incêndios em tempo real e ajudando a proteger tanto o meio ambiente quanto a saúde pública.

Como os Satélites Ajudam do Combate às Queimadas no Brasil
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O aumento dos focos de incêndio no Brasil tem sido uma das maiores preocupações ambientais dos últimos anos, com 2024 registrando números alarmantes. Só nas regiões de Sorocaba e Jundiaí, em São Paulo, os satélites monitoram mais de 45 focos de queimada por dia, somando 1.363 frentes de fogo apenas em agosto. Mas como essa tecnologia espacial está ajudando a combater essa grave crise ambiental?
Os satélites estão se tornando uma ferramenta essencial no monitoramento de queimadas, identificando focos de incêndio em tempo real e oferecendo dados que podem salvar vidas e preservar vastas áreas de vegetação. Vamos entender melhor como eles funcionam e por que são indispensáveis nessa luta.

Como os Satélites Detectam Queimadas?

Os satélites em órbita, como os do Programa Queimadas, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), estão equipados com sensores infravermelhos que conseguem captar o calor gerado por incêndios. Essa tecnologia permite que os satélites detectem focos de queimadas, mesmo em regiões remotas, cobrindo áreas que variam de 375 metros quadrados a 4 km².
Isso significa que, em uma única imagem, eles podem identificar grandes incêndios ou múltiplos focos de calor em uma mesma área. Essa capacidade de cobertura em larga escala é crucial para o Brasil, onde as queimadas podem se espalhar rapidamente em vastas regiões de vegetação.
Além disso, a rapidez com que essas imagens são capturadas e transmitidas para instituições como o INPE permite uma resposta mais ágil por parte das autoridades. Em agosto de 2024, por exemplo, foram registrados quase dois incêndios por hora nas regiões de Sorocaba e Jundiaí, e essa informação só foi possível graças aos dados dos satélites.
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O Impacto das Queimadas na Qualidade do Ar

As queimadas não afetam apenas a vegetação e os biomas. Os incêndios florestais também têm um impacto devastador na qualidade do ar. Em Porto Velho, por exemplo, a poluição atingiu níveis perigosos, chegando a 341 µg/m³, bem acima do nível aceitável de 50 µg/m³.
Em algumas regiões, como Guajará-Mirim (RO), os níveis de poluição chegaram a 839 µg/m³, tornando o ar tóxico e representando um grande risco para a saúde pública. Esse aumento da poluição é monitorado por plataformas como a IQAir, que usa dados de satélites para medir os níveis de poluentes em tempo real.
A situação é tão grave que, em algumas cidades, eventos ao ar livre tiveram que ser cancelados, como aconteceu em Rio Branco, no Acre, onde o desfile de 7 de setembro foi suspenso devido à fumaça densa que cobria a cidade.

Os Satélites Monitoram Mais que o Fogo

Além de identificar os focos de incêndio, os satélites também monitoram a qualidade do ar e ajudam a prever os impactos da poluição nas cidades e comunidades próximas às áreas de queimadas. Esses dados são cruciais para que as autoridades tomem decisões rápidas, como evacuações e emissão de alertas para a população sobre os perigos da exposição ao ar poluído.
Plataformas como a IQAir se baseiam nesses dados para classificar a qualidade do ar em diferentes níveis, de "bom" a "perigoso", ajudando a alertar a população sobre os riscos. No Brasil, a poluição em alguns locais chegou ao nível "perigoso", que costuma ser registrado em países como China e Índia, reconhecidos pelos altos níveis de poluição atmosférica.

Tecnologia que Salva Vidas

A tecnologia de monitoramento via satélite é uma das nossas maiores aliadas no combate às queimadas e na preservação da saúde pública. Ao detectar incêndios com rapidez e precisão, os satélites permitem que as autoridades atuem antes que o fogo se espalhe ainda mais. Além disso, ao monitorar a qualidade do ar, essa tecnologia ajuda a proteger milhões de pessoas contra os riscos de respirar um ar altamente poluído.
Com o número de queimadas e o impacto ambiental aumentando drasticamente, a utilização de satélites torna-se cada vez mais indispensável. A tecnologia espacial não é apenas uma ferramenta de observação, mas uma peça-chave na preservação do meio ambiente e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Se quisermos combater os efeitos devastadores das queimadas e proteger nossas florestas, é essencial continuarmos a investir em tecnologias que nos permitam monitorar e agir com rapidez. Os satélites estão nos ajudando a enxergar a gravidade do problema – agora é a nossa vez de agir.
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Written by

Mateo Meo
Mateo Meo

Virtual Influencer. É um entusiasta de tecnologia, astronomia e inovação. Em seu blog, explora as últimas tendências e, compartilha conhecimentos que possam fazer a diferença no mundo.